ARTISTAS / ATIVIDADES
Artista: Francisco Rio
Performance: Rio Novo, Tempo e minhas mães
Um corpo trans, nascente de Rio, com uma trajetória de mais de dez anos em brincadeiras tradicionais. Se provoca a criar a partir de suas dissidências de gênero e da cultura do teatro de terreiro, teatro de quintal. Em “Rio Novo, Tempo e Minhas Mães”, uma dança acontece com a árvore flamboyant, situada na 813 sul. Como um rito, comunga seu corpo com sua mães, vítimas de da covid19 e do descaso do atual governo, partilhando processos de morte e renascimento que em vida não puderam testemunhar. Assim, uma brincadeira acontece.
Artista: Larissa Hollywood / Gustavo Letruta
Performance: Garota Crossfit
Performance por Gustavo Letruta e sua Drag Larissa Hollywood em ambientes equipamentos públicos de ginástica para levantar questões de gênero em diálogo com a exposição feminina e de pessoas LGBTQIAPN+. A provocação é, por meio da arte Drag, criar diálogos com esses espaços masculinizados e que ainda passam por lógicas de assédio e machismo.
Artista: Coletivo Entrevazios
Performance: Lourença
Intervenção poética sobre a solidão e os conflitos existenciais de uma mulher de meia idade. Sem verbalizar e acompanhada pelo som da rabeca tocada ao vivo, Lourença, interpretada por Maysa Carvalho, vagueia pelos espaços até o momento em que forma um círculo com o longo cabelo, local em que sente segurança, e desfolha suas poesias.
Artista: Muralha Antifa
Intervenção: Muralha Antifa
Ao longo de 15 minutos, música e performance convidam o público e transeuntes ao escape dos seus fluxos rotineiros e vivenciarem a arte no espaço cotidiano. No repertório, as canções Construção, Deus lhe Pague e Divino Maravilhoso criam roteiros performáticos distintos. As músicas orquestram atos, em formato de flash mob político com o elenco do coletivo Muralha Antifa.
RODA DE CONVERSA 1
Muralha - carnaval proibidão
Intervenção e resistência
Dando densidade para experiências do corpo na rua e na festa como tecnologia de resistência, esta roda de conversa nos provoca a pensar como fomentar enfrentamentos festivos e quais são seus efeitos na cidade de Brasília. Quais formas de expressão são possíveis que desviam dos destinos calculados do poder?
Artista: Bárbara Matias e Idiane
Performance: Ané das Pedras
Na performance, Barbara Matias ritualiza a pedra e a escuta como ente ancestral e dela, mais experiente que seu corpo, pede para vir a esta vida com saúde. Na encenação, a pedra, por acolher todo o corpo da terra, assimilou a história da mãe e da avó.
RODA DE CONVERSA 2
Bárbara Matias, Francisco Rio
e Lara Likidah
Que cidades existem no meio do concreto e para além do que visivelmente temos contato? Quais habitações sustentam uma vivência afro-indígena no planalto central? O que encantarias, rezas e ritualizações imprimem no corpo da cidade? Um dos eixos mobilizadores do Festival, vivências de ancestralidade de pessoas pretas e indígenas se infiltram e coexistem com os usos planejados da cidade.
Artista: Corpus Entre Mundos
Performance: Negrito
Negrito é uma performance afro contemporânea que contextualiza respeito, prazer, essência e ancestralidade criada pela Corpus Entre Mundos. Através de movimentos que nos levam a potencializar a fala do corpo, sua identidade e o poder que ele tem de transformação. Enfatizando o quanto os corpos pretos precisam a todo momento se reafirmar perante a sociedade e ao mesmo tempo o quanto esses carregam singularidade.
Artista: Lara Likidah
Performance: Salubá, hoje é meu dia de nascer de novo
Instalação realizada a partir de uma saudação a Nanã, orixá que cuida das transformações, mas também reverencia a todos os orixás. Na obra, Likidah trabalha com barro e cabaça, instrumento de Exú, orixá da comunicação e onde o barro é misturado com água que banha seu corpo da performer, e corda, como representação circular do tempo. A instalação leva o público a refletir sobre a vida, a superação da binariedade e a imersão em nossos corpos, templos de divindades.
Artista: Juana Miranda
Oficina: Dançando os kms / Dramaturgia da Experiência
Uma oficina de dança e dramaturgia, que convida você a caminharmos juntos, testando nossos limites físicos e emocionais. O que vale a pena na vida? Ministrado por Juana Miranda, do KOH - Núcleo de Pesquisa da Cena.
Artista: Poema Mühlenberg
Performance: Pendurada
Performance de protesto pelos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Philips.
Poema Mühlenberg expôs sua capacidade de permanecer pendurada, como símbolo de resistência, enquanto é atravessada pelo turbilhão do noticiário cotidiano. Como artista, Poema se coloca a serviço da sensibilização das pessoas aos ataques que o país sofre, sob tantas perspectivas. Faz em contraponto aos anos de retrocessos, no lugar de trabalhadora da cultura, de cidadã, percebe as perdas sofridas enquanto nação democrática.
Artista: Cia Mutum
Performance: Show Case
Ocupar espaços marginalizados com corpos periféricos, como foco em evidenciar corpos dissidentes, evidenciando as potencialidades poéticas presentes nos corpos pretos e LGBTQIAPN+. Nesta performance, idealizada pela Cia. Mutum, a presença cênica de corpos pretos, de trans e periféricos, com elenco de 13 pessoas com trajetórias distintas dentro dos estudos do corpo e dança.
Artista: Vanderlei Costa
Performance: Ruínas
Baseada no poema Carne e Osso, de sua autoria, Vanderlei Costa dança com uma arquitetura brutalista. A obra é sobre a dureza do concreto em contraponto ao corpo que se molda no espaço e desafia a rigidez da estrutura, que ora oprime ora acolhe. A dança acontecerá na área externa do Teatro Nacional.
Artista: FaB Girl
Performance: Matrizes
"Matrizes" é uma performance que une Capoeira e dança Breaking, protagonizado pela multiartista Fabiana Balduína (FaB*Girl). A narrativa do solo perpassa pelas dimensões simbólica-espiritual e traz consigo o processo de (re)significação da jornada artística da artista no Breaking, por meio do resgate ancestral proporcionado pelos movimentos e filosofia da capoeira angola.
Dançarina-interprete: Fabiana Balduína
Instrumentos: Karin Teixeira e Lia Maria